quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Reino entre nós

Hoje venho escrever sobre este livro maravilhoso, escrito por Maurício J. S. Cunha e Beth A. Wood, que tem como base a transformação de comunidades através do evangelho integral. Um livro que desafia a Igreja de Cristo ir muito além de evangelizar; desafio à compaixão, amor pelo próximo, desenvolvimento comunitário, implantação de projetos sociais, relacionamentos com os pobres, dentre outros valores relacionados à nossa cultura e realidade, buscando sempre uma comunidade mais justa e igualitária. O Reino entre nós é divido em nove capítulos e destes nove capítulos destaco o que há de sublime e essencial:

1- O Evangelho do Reino de Deus: A redenção de tudo o que Deus criou:

"Quando Deus criou todas as coisas, ele tinha propósitos para todas as áreas da vida do homem e para a criação como um todo."

"Como Igreja, devemos proclamar o evangelho da redenção para o homem em todas as áreas da vida e da criação."

2- O coração de Deus para com os pobres:

"A proclamação da redenção de todas as coisas em Cristo não é opcional."

"Nossa intimidade com Deus sempre nos levará a ações de compaixão e, como via de mão dupla, nossos relacionamentos com os necessitados sempre afundarão nossa intimidade com ele."

"... por meio dos pobres, nossos medos e fraquezas são evidenciados, promovendo nossa dependência de Deus."

3- Cosmovisão e Desenvolvimento:

"... a forma como o indivíduo "vê" ou percebe o mundo ao seu redor irá afetar profundamente o seu estado psicológico e influenciá-lo decisivamente na busca da felicidade."

"Em nosso trabalho de implantação do Reino de Deus, precisamos conhecer profundamente três cosmovisões: a nossa própria, a daqueles a quem vamos servir e a cosmovisão bíblica, que é aquela que queremos comunicar ao povo."

"É tarefa da Igreja discipular indivíduos, mas também comunidades e nações."

"Discipulado é muito mais que um mero estudo bíblico. A missão da Igreja vai além de evangelizar."

4- Fortalezas e ações proféticas:

"Individualmente, todos nós temos distorções na nossa mente e na nossa forma de perceber a realidade. Essas distorções vão sendo eliminadas à medida que crescemos em nosso processo individual de maturidade e de discipulados."

"Quando os nossos pensamentos estão em concordância com a incredulidade, o medo, a rejeição, a violência, etc., damos lugar para o inimigo descansar e armar a sua tenda."

"Deus já colocou nas próprias pessoas os elementos essenciais para o desenvolvimento: criatividade, dons, talentos, unção, disponibilidade, fé, amor."

5- Obediência: Atenção íntima ao Pai:

"A obediência bíblica do homem diante de Deus consiste no ato de prestar íntima atenção à pessoa de Deus, com discernimento e inteligência. Por basear-se no relacionamento, vai muito além da obediência no estilo militar, envolvendo o homem no processo e promovendo o seu desenvolvimento em todas as direções."

"Esse é um conceito fundamental para a igreja brasileira hoje. A nossa obediência como filhos de Deus sempre nos leva a relacionamentos de compaixão, porque estamos atentos ao Deus de compaixão."

"Os filhos de Deus que andam em amizades com ele sempre refletem o seu caráter por meio de vidas compassivas. Não é opcional nem um "chamado" limitado a poucos. É para todos os filhos de Deus."

"Entendendo quem Deus é e fazendo tudo com base naquilo que ele está dizendo, terei pouco interesse naquilo que está na moda, o que está politicamente correto, ou que as pessoas de influência querem."

"O convite de Jesus está aberto e claro: podemos andar com Deus, escutar sua voz, entender os seus planos e participar deles com sabedoria."

6- Ajudando com sabedoria:

"É importante lembrar que a caridade bíblica não é uma caridade indiscriminada e sem discernimento, que exalta o ajudador e não o ajudado. Pelo contrário, deve ser exercida com critério e sabedoria, sob a direção de Deus, promovendo o ser humano, criado à imagem e semelhança do Criador, e trazendo glória para ele."

"Não há como agradarmos a Deus r ignorarmos o nosso semelhante que precisa de ajuda."

"Como Igreja, somos a embaixada do reino de Deus na terra, chamados a proclamar, viver e fazer cumprir as intenções do Pai. O trabalho cristão de desenvolvimento visa ao homem na sua integralidade, indo muito além do simples suprimento de necessidades e referindo-se às intenções de Deus para ele."

"A visão e Deus é dinâmica, e será gradualmente discernida com oração, intercessão, constante avaliação e experiência."

7- Princípios de desenvolvimento comunitário:

"A vocação original da Igreja ou Eclésia, que se constitui na "assembleia de pessoas chamadas para fora" é o chamado de servir ao mundo em nome de Deus."  

"O agente de desenvolvimento sábio é amado e respeitado pelo povo justamente porque ele o ama e respeita."

"Programas e projetos são importantes, mas nunca poderão substituir a essência do processo, que são relacionamentos de amor e confiança com o povo."

"É preciso estar disposto a se relacionar com o povo, se envolver com os seus problemas, suas lutas, suas dificuldades, anseios e sonhos."

"É preciso que aprendamos a desfrutar do processo, e não apenas dos resultados."

8- Dando o primeiro passo: Conhecendo a comunidade:

"Cada comunidade e cidade são especiais diante de Deus e ele tem sonhos e intenções específicas para cada uma delas. O nosso desejo principal sempre deverá ser deixar estes sonhos entrarem em nosso coração para nos motivar e guiar. Precisamos ter em nossos corações a expectativa daquilo que Deus tem preparado."

"Sempre devemos buscar sintonizar as nossas mentes e os nossos corações com a perspectiva divina."

9- Esperança: A nossa expectativa em Deus:

"A esperança é a expectativa que temos em Deus das boas coisas que ele há de fazer."

"A pessoa esperançosa não só espera mas, enquanto espera, tem um coração cheio de uma alegre expectativa."

"O desenvolvimento ou não da esperança dependerá sempre da maneira que encaramos as tribulações que vêm até as nossas vidas."

"O povo de esperança vê além da situação. É o povo que consegue enxergar o que Deus há de fazer."

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